Marília

Advogado pede cassação de vereadora acusada de carteirada em Marília

Advogado Marcos Manteiga., autor da denúncia, e a vereadora professora Daniela
Advogado Marcos Manteiga., autor da denúncia, e a vereadora professora Daniela

O advogado Marcos Manteiga, criminalista de São Paulo, protocolou na Câmara de Marília um pedido para formação de uma Comissão Processante destinada a investigar quebra do decoro parlamentar pela vereadora Sílvia Daniela D’Avila, a Professora Daniela, no caso da carteirada contra um sargento da PM no dia 16 de agosto.

A representação tem seis páginas com a denúncia e anexos que incluem, publicações sobre a repercussão nacional do caso e a reprodução de um áudio em que o sargento recebe a ameaça de afastamento se consumasse a apreensão do carro.

A representação pede afastamento liminar da Daniela de eventuais funções na mesa da Câmara – ela é terceira secretária – e ao final a cassação de seu mandato.

“Uma representante do povo que, em tese, utilizou-se de sua condição de vereadora para praticar ato de tráfico de influência, quebrando o decoro parlamentar, solicitando favor ilegal e imoral à uma servidora pública”, diz a representação.

O documento diz ainda que a comandante do Batalhão, tenente-coronel Marcia Cystral, “veio praticar, em tese, advocacia administrativa, coação, ameaças e abuso de poder sobre o policial”.

A representação foi encaminhada por mensagem eletrônica, “em função da pandemia” e registrada na Câmara como correspondência 1573.O caso rendeu várias críticas  de parlamentares na sessão da Câmara na noite de ontem (24).

O caso foi encaminhado para tramitação e discussão entre os vereadores, com indicação de que a denúncia seja apresentada e lida na próxima sessão, a ser realizada na segunda-feira.

Marcos Manteiga atua em São Paulo, já foi candidato a deputado estadual , e é reconhecido em redes sociais em casos de defesa de policiais e críticas ao tratamento do governo estadual à corporação da Polícia Militar. Na semana passada ele divulgou um vídeo em que criticava a postura da vereadora e da comandante e incluiu o áudio com a conversa que se tornou a maior prova do caso de carteirada.