A fiscalização surpresa promovida pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da zona norte de Marília apontou a falta de manutenção no prédio municipal como a principal irregularidade para atendimento.
O relatório detalhado sobre a fiscalização recebido pelo Giro Marília mostra que outros quesitos importantes como presença de profissionais, leitos, disposição de medicamentos e serviços foram considerados regulares.
Um ofício apresentado pela direção da UPA aos fiscais mostra que em setembro deste ano a prefeitura recebeu um pedido com indicação das obras e indicação de urgência para os serviços.
O documento aponta necessidade de reforma no telhado, troca de piso (hoje em epóxi, a unidade pede substituição), pintura e tubulação. O ofício diz que a UPA vivencia alguns problemas estruturais desde a sua inauguração e com o passar do tempo eles se agravaram.
“Prédio necessitando de manutenção, especialmente o piso e rodapés. As paredes apresentavam desgaste, porém não tiramos fotos em razão de a recepção estar com um grande número pacientes aguardando atendimento, de modo que seria possível fotografar sem que aparecessem pacientes”, diz o relatório do TCE.
O documento é apresentado em forma de respostas a diferentes quesitos e as indicações sobre a manutenção aparecem de forma repetitiva de acordo com a demanda.
Há, por exemplo, indicações de reforma nos banheiros, considerados inadequados por falta de manutenção. A manutenção é citada ainda na análise de instalações como cozinha e depósitos.
“Consoante reportado anteriormente, o prédio necessita de reformas/manutenção. Porém não identificamos pontos de infiltração/mofo nas paredes e teto.”
O relatório será encaminhado para acompanhar o processo de avaliação das contas e gestão da prefeitura. A fiscalização surpresa atingiu unidades de saúde geridas por serviços terceirizados em diversas cidades do Estado.