Marília

Câmara discute Plano Diretor e de Mobilidade; Conselho pede mudanças e transparência

Câmara discute Plano Diretor e de Mobilidade; Conselho pede mudanças e transparência

A Câmara de Marília faz nesta quarta-feira, dia 29, audiências públicas para discutir dois projetos de lei que vão impactar na ocupação, desenvolvimento, circulação e qualidade de vida na cidade: o Plano de Mobilidade e o Plano Diretor.

Projetos com duas propostas da prefeitura tramitam desde o ano passado e vão ser debatidos pelos vereadores presentes com técnicos da prefeitura e possibilidade de perguntas pela população.

Mas as audiências têm limites de prazo e capacidade limitada para perguntas e debates.

Nos dois casos, a cidade corre contra o tempo. São leis atrasadas, que já deveriam estar em vigor.

No caso do Plano diretor, a lei trata de uma revisão que já passou por debates, análises e chegou à Câmara cheia de críticas, especialmente do Conselho de Habitação e Política Urbana da cidade.

O órgão aponta necessidade de pelo menos 25 alterações no projeto oficial, com medidas que variam do modelo de organização para projetar o futuro da ocupação urbana até controle da especulação imobiliária e participação popular no processo.

Indica situações de riscos por falta de direcionamento na expansão, como ocupação de espaços ocisosos em áreas ja urbanizadas antes de levar a cidade para pontos mais afastados, como ocorre em bairros ao lado de distritos, além de medidas para proteger vales e pontos de interesse ambiental e turístico da cidadel.

Nos debates internos, o conselho apontou situações como “evidente desordem do material” e forte tentativa de retirar prerrogativas da participação da sociedade civil nas decisões de planejamento.

Essas indicações incluem situações como a própria atuação do Conselho, que na avaliação do órgão é muito limitada no projeto, além da previsão com falta de publicidade e visibilidade e de consultas públicas em decisões importantes.

Além disso, o Conselho defende fortalecimento e atuação permanente do GEA (Grupo Especial de Análise), que seria acionado em casos de maior impacto na urbanização e ocupação da cidade.

A audiência começa às 9h na Câmara e será transmitida também pelas páginas do Legislativo no Facebook e Youtube.