
A Comissão Processante (CP) instalada na Câmara Municipal de Marília para apuração de eventual quebra de decoro parlamentar da vereadora Professora Daniela (PL) entra nesta semana na fase de depoimento de testemunhas.
Entre as convocadas pela presidência da chamada ‘CP da Carteirada’ estão os dois principais militares envolvidos no episódio: o sargento Alan Fabrício Ferreira, pela acusação; e a comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM-I), a tenente-coronel Márcia Cristina Cristal Gomes, pela defesa da vereadora.
A presença de ambos é fundamental para os esclarecimentos sobre o principal motivo da instalação da CP: o polêmico telefonema feito pela comandante ao sargento na madrugada de 16 de agosto deste ano.
Além do sargento e da comandante a CP também encaminhou ao 9º BPM-I a solicitação das presenças do cabo Ragassi (da acusação), do major Márcio e do tenente Mauro Fernet Messias (também arrolados pela defesa).
A CP também convocou outras quatro testemunhas indicadas pela defesa. Tratam-se de Bruno Rogério da Silva Cuchera, Gabriel Silva de Oliveira, Lara Julia Bertinoti Silva e Rafael Aparecido Batel.
As oitivas das testemunhas de acusação e defesa acontecem em dias separados. O sargento Alan e o cabo Ragassi falam na terça-feira (20), às 10 horas e a comandante Cristal e os demais na quarta (21), no mesmo horário, na sala Nassib Cury, na Câmara Municipal de Marília.
As oitivas serão abertas ao público, com acesso controlado ao limite de ocupação de espaço e às exigências sanitárias em virtude da pandemia da Covid-19, como uso de máscaras e higienização em álcool gel, disponível na Câmara.
Encerradas as oitivas, a defesa terá dez dias para se pronunciar oficialmente. Na sequência, a CP terá outros cinco para emitir um parecer final a ser encaminhado ao plenário, que decidirá pela cassação ou não pelo mandato da vereadora.