O sargento Allan Fabrício Ferreira, da Polícia Militar em Marília, deve ser ouvido na próxima segunda-feira para depoimento no inquérito policial militar que apura eventual situação de indisciplina ou abuso de poder no rumoroso caso da carteirada no trânsito de Marília.
O depoimento do sargento indica que a fase de oitivas caminha para o final e deve incluir ainda nos próximos dias uma manifestação da tenente-coronel Márcia Cristina Cristal, comandante do 9º Batalhão da PM em Marília.
Alan Ferreira fez na madrugada do dia 16 de agosto a apreensão de um veículo da vereadora Sílvia Daniela D’Avila, a professora Daniela.
Enquanto a ocorrência se desenrolava, recebeu um telefonema da comandante do Batalhão com ameaça de punição se o carro fosse apreendido. A vereadora ligou à comandante defendendo a liberação do veículo.
A cidade teve novas audiências nesta sexta-feira. Todos os depoimentos são colhidos por equipe do CPI-4 (Comando de Policiamento do Interior), de Bauru, responsável pelo Batalhão na cidade.
Notícias Relacionadas
O conteúdo de todos os depoimentos é mantido em sigilo. Representantes do sargento, da vereadora e o Comando da PM não divulgam qualquer detalhe sobre a tramitação do caso.
O inquérito é uma das medidas formais de apuração provocadas pelo caso. Também nos próximos dias deve haver movimentação de uma Comissão Processante da Câmara de Marília que investiga a conduta da vereadora.
O advogado Marcos Rogério Manteiga, que representa o sargento, divulgou na sexta-feira um vídeo em que fala do sigilo, dos depoimentos e promete informações que chama de “bombásticas” sobre o caso.
“Os atos da administração pública sempre decorrem da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Estamos acompanhando”, disse o advogado.
