Marília - O caso Katrina, processo que apura morte de jovem baleada durante a Festa do Peão em Promissão, em agosto de 2024, entra em fase de alegações finais para a acusação contra o delegado Vinícius Martinez, autor do disparo.
O Ministério Público e o assistente de acusação que a família de Katrina nomeou terão cinco dias para apresentar suas manifestações finais sobre o processo.
Depois, a Justiça abre o mesmo prazo para a defesa do delegado, que morava em Marília na época da morte.
Ele trabalhava em Getulina, com atividades também em Lins. Hoje mora em Assis, onde a família tem negócios, e tem lotação na Delegacia de Ourinhos. Está livre e em licença do cargo.
Análise das provas
Os memoriais – nome técnico para as manifestações – apresentam a análise de cada parte sobre as provas que o processo produziu. Tratam de laudos, depoimentos, circunstâncias e audiências.
A tramitação do caso Katrina, aliás, promoveu duas delas para os depoimentos, colocou na mesma sala o delegado e a família de Katrina.
Triste coincidência, tudo aconteceu num breve espaço entre o aniversário da menina, em abril, e o dia das mães. Foi o primeiro para Sabrina, a mãe de Katrina, após a morte da filha.
Tiro e morte na festa
O caso Katrina Bormio Silva entra em alegações finais quase dez meses depois de a menina ser morte. Aos 16 anos, ela deixava a festa para encontrar o pai, Francisco, e voltar para casa.
Houve uma confusão de policiais militares com um homem. O delegado estava fora de serviço, sacou a arma, disparou. Não acertou o homem, mas o disparo matou Katrina.
Após os memoriais, a Justiça decide, enfim, se o delegado deve ir ou não para sessão de julgamento no Tribunal do Júri Popular. Mas, qualquer que seja a decisão, há possibilidade de recursos e de que o caso se arraste por longo período.
Ainda que avance, não encerra, entretanto, os casos. Nos bastidores da investigação começ uma batalha judicial em que o delegado tenta apagar e impedir mensagens de Sabrina nas redes sociais.