
Ednaldo Merlino, 51 anos, o agente operacional de limpeza que atuava como coletor de lixo na manhã de terça-feira sofreu corte profundo no antebraço direito quando recolhia um saco de lixo muito pesado: foi atingido por cacos de louça despejados sem proteção.
“Quando segurei o saco, ele virou e o corte foi instantâneo”, relatou. Ele recebeu primeiros socorros ainda no local, no bairro Esmeralda III, empreendimento de classe média alta na zona Leste de Marília.
O ferimento foi provocado por um grande caco de prato acomodado com lixo comum. Sem alerta, sem proteção ou embalagens.
Ele recebeu primeiros cuidados com limpeza do ferimento ainda no local e foi levado ao ambulatório da Garagem Municipal, de onde seguiu para a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) da Zona Norte.
Recebeu dez pontos e desde então um afastamento médico por sete dias. Neste mesmo período, tomará antibióticos e analgésicos. “Doeu e ardeu muito”, relatou o servidor.
Concursado, pai de cinco filhos e feliz avô de cinco netos, Ednaldo poderia seguir em trabalho com medidas simples e práticas, mas repetidas vezes ignorada na cidade.
“Peço para que as pessoas separem o lixo, identifiquem se há material cortante, pois, a nossa missão é deixar a cidade limpa todos os dias e agora, no meu caso, pelos próximos dias não terei condições de trabalhar”, concluiu o agente operacional.
Além de cacos de vidros e de louças, os agentes da limpeza pública frequentemente se deparam com seringas, pontas de agulhas e agulhas de insulina.
“Basta acomodar no interior de uma garrafa pet e identificar com a palavra cuidado, e pronto. Nada disso teria acontecido com o nosso colega de trabalho”, observou o também agente operacional Marcos Roberto da Silva.