O prefeito Daniel Alonso disse a empresários da cidade nesta segunda-feira que tem pressionado o governo por autonomia para reabrir comércio, afirmou que todos os prefeitos fazem o mesmo pedido e que já disse à equipe do Estado: estão apanhando por meia dúzia de lojas fechadas.
“Me custa acreditar que se 74% das atividades estão a todo vapor, será possível que os 20%, será que o centro é responsável por uma pandemia? Não é possível. Não acredito nisso. Me desculpem até o que eu vou dizer: tentei de todas as formas sensibilizar o governador e o vice-governador eu disse, gente vocês estão apanhando por causa de meia dúzia de lojas fechadas, não é possível que vocês não enxergam isso.”
A afirmação foi uma resposta a pressão de lojistas por abvertura imediata e a previsão de 15 dias é muito tempo para pequenos negócios e mesmo grandes grupos. Daniel participou de uma reunião virtual com comerciantes organizada pela Acim (Associação Comercial e Industrial de Marília) e recebeu uma proposta de abertura com rodízio de lojas abertas.
Pela proposta, as empresas atuariam em dois turnos com horários diferentes para que não sejam abertas todas as empresas ao mesmo tempo, além de medidas de controle no acesso, exigência de máscaras, higienização e outras medidas. Ouviu que 15 dias até a reabertura é muito tempo.
Daniel pediu que o projeto seja formalizado e que vai apresentar a sugestão ainda nesta segunda em encontro que deve ter na capital. Mas o prefeito disse aos lojistas que não acredita em flexibilização e reabertura antes de 1º de junho. “Vejo que o caminho mais fácil é esperar. Qualquer outro caminho, desobedecer, criar uma lei municipal, vai emperrar.”
Citou as exigências do governo para flexibilização – mínimo de 40% de leitos disponíveis, desaceleração do número de casos e isolamento de 50% – e afirmou que também contesta no governo a avaliação do isolamento social medido pelo celular.
“Para a população ei falo que precisa do isolamento, mas lá no governo que Marília é uma cidade industrial, além de ser polo de serviços inclusive essenciais, como é saúde, mais de dez mil pessoas. Defendo que essa particularidade de Marília tem que ser revista”, afirmou.
Daniel disse que a cidade tem 160 leitos e capacidade para mais 144 a serem pactuados se for necessário. “Marilia tem 304 leitos disponíveis só para Covid. O máximo que a gente ocupa é 4,5,6 8…internações da região, não só de Marília.”
FISCALIZAÇÕES
Disse ainda que “o prefeito não manda fiscal sair fiscalizando e multando” mas que precisa agir quando existem denúncias.
“E essas denúncias acontecem. Vejo que tem muita gente que está ficando neurótica, então ela vê uma porta aberta já liga na hora na polícia, na fiscalização e quando há denúncia precisa haver a notificação.”
Daniel afirmou também que nas reuniões com participação de outros prefeitos vê na equipe de apoio ao governador uma preocupação muito grande com a evolução da epidemia e propostas para estender a quarentena.
“Mais uma vez: nós estamos lutando, não é só o prefeito (de Marília), com o governador, com a equipe dele, os demais prefeitos e vamos continuar insistindo nesta tecla que nós temos condições sustentáveis para poder fazer a reabertura do comercio.”