
A Comissão Processante (CP) que apura a denúncia de quebra de decoro contra a vereadora Professora Daniela (PL) encerrou suas atividades nesta sexta-feira com mais um racha e dois relatórios sobre a análise do caso.
Daniela é acusada de usar o cargo para intervir junto ao comando da Polícia Militar para tentar evitar a apreensão de seu veículo em uma blitz de trânsito.
Nesta sexta a comissão se reuniu para apresentação do relatório final do processo. O vereador Mário Coraini, relator da comissão, apresentou parecer pelo arquivamento do caso. Foi acompanhado pelo vereador João do Bar. O presidente da comissão, José Carlos Albuquerque, no entanto, apresentou um documento à parte pela aceitação da denúnca.
Os dois documentos foram encaminhados para a presidência da Câmara para discussão no plenário. Os vereadores vão decidir qual documento seguir,
Para cassação é preciso “maioria simples”, ou seja, metade mais um dos votos dos vereadores presentes.
A vereadora, que foi reeleita, prestou depoimento sobre o caso há três semanas. Negou tráfico de influência.
A tenente coronel Márcia Cristina Cristal Gomes, que na época era comandante da Polícia Militar de Marília, também depôs e disse que não houve pedido formal de benefício ou vantagem e que a vereadora foi atendida como cidadã comum.
Na noite da fiscalização, em agosto, Cristal telefonou para o sargento Alan Fabrício Ferreira e orientou a não fazer a apreensão, sob risco de transferência, que acabou consumada dias depois mas foi revista.
Cristal, que ficou afastada do comando após repercussão do caso, foi oficialmente transferida para o Estado Maior do Comando da Polícia em Bauru, responsável pelo batalhão em Marília.