
Terminou no domingo, dia 5 de novembro, o prazo de concessão que permitiu à empresa Águas de Marília explorar os serviços de captação e distribuição de água para boa parte da zona norte de Marília e um dos mais polêmicos contratos públicos da cidade chegou ao fim. O Daem assumiu o serviço, inclusive com deslocamento de servidores para o setor.
Em nota, o departamento informa que “aparentemente o poço e toda a estrutura estão em condições de funcionamento”, mas destaca que as informações completas sobre a estrutura só vão aparecer com uma perícia técnica já determinada pela Justiça em ação provocada pela própria empresa.
“O Daem possui servidores para cuidar da estrutura assumida, objeto do contrato CTS-13/97, inclusive já estão sendo tomadas as providências para o reforço do pessoal. Foram deslocados quatro servidores públicos da autarquia para a nova estrutura”, informou o departamento.
Ainda segundo o Daem, a perícia vai definir se o departamento precisa fazer algum tipo de investimento no prédio, equipamentos e rede de tubos construído pela empresa. O poço profundo perfurado pela Águas de Marília funcionou bem durante todo o período.
Além das questões técnicas sobre a estrutura, a perícia determinada pela Justiça pode resultar também em uma prova de dívidas do Daem com a Águas de Marília. A empresa cobra pagamentos por contas atrasadas ou pagas com atraso sem correção no passado.
A concessão foi assinada em novembro de 1997 na gestão do ex-prefeito e hoje deputado estadual Abelardo Camarinha. Desde a posse da nova administração, o Daem criticou o contrato e os valores pagos pelo abastecimento.
Antes disso a empresa já foi alvo de diferentes críticas e ataques, inclusive de vereadores e outras lideranças. Em uma longa entrevista ao Giro, a direção da Águas de Marília informou ou outubro que fez diversos investimentos de riscos e avaliou em R$ 15 milhões a estrutura deixada para a cidade, um valor muito acima do que o Daem poderia investir atualmente.