
Representantes do Consórcio Conectar, que reúne prefeituras de todo o país com a participação de Marília, apresentaram ao embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, pedido de suporte nas relações comerciais com os laboratórios Sinovac e Sinopharm e interesse em seis milhões de doses neste semestre.
O grupo pediu ainda suporte para a aquisição de imunizantes contra a Covid-19. O objetivo é destinar essa quantia para a imunização dos profissionais de educação básica.
A medida retoma negociações internacionais após decisão da Anvisa em vetar registro emergencial da vacina russa Spuntnik V. O consórcio negociava a compra de 30 milhões de doses da vacina. O veto provocou críticas da prefeitura de Marília
Além do apoio da embaixada na interlocução com laboratórios chineses, o Conectar pactuou a construção de uma câmara junto à embaixada para a negociação de compras, com preços mais baixos a partir do grande volume, de insumos, equipamentos e medicamentos.
A reunião contou com a participação dos prefeitos de: Florianópolis/, Gean Loureiro, presidente do Conectar, e de Aracaju, Edvaldo Nogueira, presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP).
Segundo o presidente do Conectar, o colegiado já está em tratativas com o Instituto Butantan, representante do laboratório Sinovac no Brasil. A dificuldade é que a capacidade de produção está comprometida até setembro, com 100 milhões de doses para o governo federal e 30 milhões para o governo do estado de São Paulo.
“Gostaríamos de formalizar, através do Butantan, interesse na importação da Coronavac produzida na China. Contamos com o apoio da embaixada nesse contato”, reforçou Loureiro.
Sobre os imunizantes produzidos pelo Sinopharm, Loureiro declarou que o Conectar tem o interesse de negociar diretamente com o laboratório, que já está preparando documentação para aprovação do uso da vacina junto à Anvisa.
Dessa maneira, pleiteou apoio da embaixada na intermediação entre uma reunião do Consórcio para a negociação. “Já formalizamos nossa intenção ao laboratório através de um ofício e uma carta solicitando a aquisição de 15 milhões de doses até o final deste ano”, sendo 6 milhões ainda para este semestre.
Para o embaixador Yang Wanming, países desenvolvidos tem responsabilidade de fornecer imunizantes a países em desenvolvimento e não reforçar a prática “egoísta” do nacionalismo de vacinas”, com a proibição ou suspensão na importação de imunizantes.
“A comunidade internacional deve emitir voz conjunta a esse respeito. Ao mesmo tempo, a China vai continuar empenhada em avançar na parceria de vacinas com o Brasil”,