A Corregedoria Municipal de Marília pediu à 3ª Vara da Justiça Federal em Marília o compartilhamento das provas apresentadas na denúncia de peculato e outros crimes no escândalo dos tablets comprados pela Secretaria da Saúde em 2016.
A informação está em despacho do juiz Fernando David Fonseca Gonçalves expedido na semana passada para consultar o Ministério Público Federal sobre o pedido. Não há prazo definido para a resposta.
O MPF foi responsável pela denúncia que em julho deste ano foi transformada em ação penal federal contra nove acusados. A denúncia envolvem peculato, organização criminosa, falsidade ideológica, superfaturamento e fraude a licitações.
Os tablets foram comprados sob justificativa de oferecer suporte tecnológico para agentes no controle da dengue na cidade. Mas os cálculos do MPF apontam custo excessivo que, em valores da época, a serem corrigidos, representaram gasto extra de R$ 520 mil.
A denúncia diz que a compra fez uma cotação dissimulada de preços entre empresas interligadas e provocou ainda envio de informações à Justiça Estadual em pelo menos três municípios onde o mesmo grupo pode ter atuado.
A Corregedoria atua na supervisão de disciplina de servidores e empregados públicos da Administração Direta do Poder Executivo, apoio na condução dos procedimentos de faltas funcionais dos servidores das entidades autárquicas e processos de sindicância e administrativos disciplinares.
Dois dos ove acusados no processo são servidores de carreira e atuaram interinamente no comando da Secretaria da Saúde, o supervisor e hoje vereador (reeleito), Danilo Bigeschi, e o servidor Fernando Roberto Pastorelli.