Marília

Covid - Óbitos de setembro mudam ranking mas Marília segue destaque, diz entidade

Covid - Óbitos de setembro mudam ranking mas Marília segue destaque, diz entidade

Uma live para apresentar as experiências de sucesso em controle de óbitos por Covid apresentou atualização de um ranking que no dia 2 de setembro mostrava Marília em primeiro lugar, mostrou uma ligeira queda da cidade na classificação mas elogiou os resultados da cidade.

A live foi promovida pela Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), instituição com experiência de 15 anos em avaliação de resultados em programas de saúde. Marília apareceu na atualização como a quarta cidade entre os municípios com mais de cem mil habitantes e menos de 300 mil.

No primeiro levantamento, a entidade apontava Marília com 12,6 óbitos por grupos de cem mil habitantes, “comparável aos melhores números do mundo”, divulgou a associação. O estudo mostra que todas as cidades registraram mais óbitos com altas nos índices, mas manteve como destaques os municípios que já tinham os melhores índices.

O balanço apresentado nesta quinta usou dados do dia 20 e a cidade teve índice de 18,8 óbitos por cem mil. A queda foi resultado de uma série de óbitos em setembro. A cidade começou o mês com 30 óbitos totais. No dia 20 tinha 47 óbitos – hoje tem 49 -.

O ranking atualizado mostra São Carlos com melhor índice (17 óbitos por grupo de cem mil habitantes; seguida por Araraquara (17,4 por cem mil); Pindamonhangaba (18,4 por cem mil) e Marília (18,8 por cem mil).

Entre as cidades com mais de 300 mil habitantes os melhores índices são de Franca (33 por cem mil); Bauru (45/cem mil) e São José dos Campos e Sorocaba (55/cem mil). A média estadual é de 74 óbitos por grupos de cem mil habitantes.

O médico Carlos Eid, coordenador de Estudos Epidemiológicos da Associação, destacou na apresentação dos dados que o levantamento acompanha um momento homogêneo da epidemia no Estado.

Destacou que a posição geográfica não é influência nos resultados – “temos no interior o caso de São José do Rio Preto, próxima de algumas cidades com os bons resultados, e que tem um dos piores índices” -.

Afirmou ainda que o desenvolvimento e as condições sociais na cidade também não influenciam o desempenho. “Cidades com alguns dos melhores IDH (índice de Desenvolvimento Humano), como São Caetano do Sul, que tem um dos piores índices.” O vídeo com a íntegra das manifestações está na página da Abramet.

ESTRUTURA

O secretário municipal da Saúde, Cássio Luz Pinto Júnior, participou da live e destacou algumas medidas adotadas para acompanhamento da epidemia que aponta como motivos para os resultados.

Citou a reorganização da rede de saúde desde o início da epidemia; a organização de comitê com discussão envolvendo todos os hospitais e serviços públicos; o sistema de acompanhamento dos pacientes – inclusive com entrega de remédios em casa para os confirmados -; e mais recentemente novo programa de testagem em massa.

“Mas eu queria agradecer principalmente ao pessoal da linha de frente, os servidores. Este pessoal incansável que está enfrentando a epidemia de peito aberto: pessoal da atenção primária, da secretaria, gestão, os prestadores de serviços. Temos certeza que vamos sair muito mais fortes, mais preparados”, disse Cássio.