Marília

Crise das cuidadoras - Após demissões emperradas, denúncia aponta atrasos em salários

Crise das cuidadoras - Após demissões emperradas, denúncia aponta atrasos em salários

Depois de um grupo de cuidadoras de alunos especiais denunciarem calote após demissão em Marília, trabalhadoras que ainda estão empregadas procuraram o Giro Marília para denunciar atrasos em pagamento.

No centro das denúncias está o IAPE (Instituto de Apoio à Pessoa com Deficiência e Inclusão Social), uma instituição com sede na capital contratada pela prefeitura de Marília. O serviço terceirizados prevê R$ 5,3 milhões para oferecer por 12 meses um total de 200 cuidadoras de alunos com necessidades especiais em creches e escolas municipais.

Apenas 80 cuidadoras ainda permanecem no cargo e ainda não receberam o total de recebimentos de dezembro e nem as férias de janeiro. Contrato vai até março. A Secretaria Municipal de Educação, responsável pela gestão do contrato, informou ao Giro Marília que já pediu informações ao IAPE sobre os pagamentos e eventuais atrasos.

Uma das cuidadoras que ainda se encontra efetivada no serviço desde março do ano passado reclama que desde o começo ocorre irregularidades trabalhistas, como atraso, e falta de clareza nos pagamentos.

Mas desde dezembro que os valores a receber estão atrasados. “Recebi metade do que previa em dezembro e estou de férias desde o dia 4 e ainda não recebi nada”, conta.

Em todos os casos já denunciados, os contratos envolvem ainda sinais de problemas trabalhistas: uma das cuidadores foi obrigada a assinar ficha de ponto em nome de outra trabalhadora e os salários não chegariam a um mínimo.

“Eu trabalho por seis horas e nunca recebi mais do que R$ 800 reais. O vale alimentação tem previsão de depósito de R$ 100,00, mas depositam apenas R$ 50,00”, denuncia a cuidadora.

O Giro Marília tentou contato com IAPE em dois números de telefone disponibilizados para contato das trabalhadoras, mas ninguém atendeu.