Um depoimento do empresário Marcelo Odebrecht aponta pagamentos feitos ao atual presidente do STF (Supremo Tribunal federal), o mariliense José Antonio Dias Toffoli, quando ele era ainda advogado-geral da União no mandato do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
O depoimento vazou 24 horas depois de Dias Toffoli tomar uma decisão que contraria a força-tarefa da Lava-Jato, responsável pela investigação em que o depoimento foi colhido.
Toffoli obrigou as equipes da Lava-Jato em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro a a compartilhar com a Procuradoria Geral da República os documentos e informações levantadas pela operação. A PGR apontava dificuldades em ter acesso aos dados.
Segundo as informações publicadas pelo site Vortex, do jornalista Diego Escosteguy, a Odebrecht teria feito pagamentos entre 2007 e 2009.
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As afirmações teriam sido apresentadas em dois dias de depoimentos, em 6 e 7 de maio.
Segundo a publicação, os pagamentos eram definidos entre um diretor da Odebrecht e um advogado ligado ao PT. Não foram apresentados valores ou detalhes da operação destes pagamentos.
Os procuradores da força-tarefa enviaram para a PGR um pedido de abertura de inquérito por suspeita de corrupção passiva contra o atual presidente do Supremo. O pedido precisa de autorização do STF para abertura da investigação.
A reportagem diz que o caso Toffoli envolve três programas públicos de interesse da Odebrecht e inclui entre eles a liberação de recursos para a obra de tratamento de esgoto em Marília.
