Marília

Demissões, fechamento e dívidas – Restaurantes relatam crise e pedem medidas

Demissões, fechamento e dívidas – Restaurantes relatam crise e pedem medidas

Empresas fechando, demissões com parcelamento das rescisões e acúmulo de dívidas até com contas de água atrasadas. Estes são alguns dos relatos da crise econômica que o setor de restaurantes e bares de Marília enfrentam na esteira da crise de saúde com epidemia de coronavírus.

O relato está em uma mensagem enviada pelo Sindicato do setor ao Comitê Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus e mostra nova situação na fase vermelha de restrições às atividades.

A mensagem não inclui qualquer pedido para ignorar regras, quebrar quarenta ou permitir situações de risco.

Mas mostra que a fase vermelha neste mês é diferente do início da epidemia: não há programas oficiais de auxílio, não há possibilidade de flexibilização de contratos e as empresas acumulam meses de crise.

“Somente nesta semana ocorreram várias demissões, inclusive com parcelamento das verbas rescisórias, pois alguns não conseguiram pagar integralmente. Recebi várias ligações de empresários querendo fechar ou tentar vender o ponto, até pedido ajuda para que o fornecimento de água não fosse interrompido, pois já possuíam três contas vencidas e não pagas”, diz trecho da mensagem ao qual o Giro Marília teve acesso.

Alguns bares começaram a divulgar mensagens sobre a crise nas fachadas das empresas. Um, na região do bairro Maria Izabel, pintou nas vitrines frases como “precisamos trabalhar” e “empregamos 14 familias”. .

Outro, na avenida Rio Branco, estampou mensagem de que a culpa pela escalada é das aglomerações, “inclusive em palanques em hospitais”, uma menção à aglomeração para lançamento da vacina contra Covid no HC.

Um restaurante do centro, especializado em culinária oriental, anunciou fechamento e faz últimos atendimentos por delivery para limpar estoque.

A entidade vê duas soluções, uma delas que pode ocorrer com medidas local:

–  A volta da ajuda federal para pagamento dos funcionários, o que depende do presidente Jair Bolsonaro;

– A criação urgente de novos leitos de UTI, para atingirmos o índice necessário para voltar a fase amarela que autorize funcionamento das empresas, medida que envolve a cidade e a liberação dos leitos junto ao governo do Estado, que se comprometeu em socorrer as cidades.