Os desdobramentos da Operação reboot, da Polícia Federal, que provocou a abertura de ação penal contra nove acusados de crimes na compra de tablets para Secretaria de Saúde em Marília vai encaminhar para a Justiça Estadual indícios que atingem a Câmara da cidade, outros quatro municípios e até um caso de pornografia infantil.
A operação envolve uma licitação feita em 2016 e que já provocou a denúncia federal com indicações de crimes como peculato, fraude, operação criminosa e falsidade.
Mas as investigações apontam que cinco dos acusados pela fraude nos casos dos tablets também participaram de outros procedimentos nas Prefeituras de Marília, Lins, Guarulhos, Osasco e São Vicente.
As mesmas empresas investigadas no escândalo de Marília participaram dos procedimentos em fatos “que podem caracterizar a prática de crimes”, segundo documento oficial do Ministério Público Federal.
Como as licitações envolvem recursos municipais, sem conexão direta com o escândalo na compra dos tablets, os casos não podem ser analisados pela Justiça Federal.
Os documentos tratam ainda de procedimentos com participações dos envolvidos para um eventual contrato na Câmara de Marília, que teria ocorrido em 2014..
PORNOGRAFIA
A investigação no celular de um dos acusados, apreendido durante buscas e apreensões em na cidade de Sete Barras, revelaram conversas mantidas com uma adolescente e “quantidade elevada de imagens e vídeos pornográficos”.
Segundo o MPF, as informações levantam indícios de crimes previstos em três artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Tanto as informações levantadas pela Polícia Federal quanto o celular apreendido devem ser encaminhados para a Comarca de Registro que vai analisar eventual infração nas condutas do investigado.