A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Marília anunciou nesta sexta-feira que identificou quatro acusados – um deles um adolescente de 16 anos – pelo desaparecimento e morte do estudante Rafael Ferreira Pozzani, 15 anos, ocorrido no dia 22 de setembro em Marília. Rafael foi encontrado morto no dia 27.
A Justiça já determinou a prisão dos três adultos e a apreensão do adolescente, mas dois deles estariam foragidos. Um dos acusados acabou preso em investigação sobre tráfico de drogas e levado para a penitenciária de Marília.
O desaparecimento de Rafael provocou uma onda de protesto no bairro Marina Moretti, na zona norte da cidade, onde ele vivia com a família. A morte do rapaz teve grande repercussão e homenagens até na escola onde ele estudava.
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A investigação aponta que o crime foi motivado por uma briga de Rafael com um dos acusados. O estudante teria chamado o rapaz, de 18 anos, de talarico, gíria para pessoa que se relaciona com mulheres de amigos. Esse homem e outro, de 19 anos, estão foragidos e desocuparam os imóveis em quie viviam, segundo a polícia.
Um relatório do delegado Valdir Tramontini, responsável pela delegacia diz que “por volta das 23h, a vítima estava em esquina da Rua Arnaldo Spachi, quando, sob ameaça de arma de fogo, foi rendida e dominada por quatro rapazes, os quais a conduziram centenas de metros mato adentro, e lá o teriam matado, não se sabendo ainda como ocorreu a execução, pois ainda não houve o recebimento do laudo necroscópico, tratando-se com certeza de morte violenta, provocada por terceiros, eis que houve tentativa de ocultar o corpo, cobrindo-o com folhas.”
O documento apónta ainda que a investigação foi prejudica “em face da lei do silêncio que impera naquela região”. A polícia diz ainda que todos os envolvimento têm envolvimento com o tráfico. No quarto do adolescente acusado pelo crime teriam sido encontrados 17 microtubos com cocaína.
“Ele, além de participação no homicídio, responderá também, por ato infracional de tráfico de entorpecente, sendo encaminhado para Cadeia de São Pedro do Turvo, onde aguardará remoção para a Fundação Casa”, diz o documento.
