
O afastamento de uma diretora do Sindicato dos Servidores Municipais de Marília expõe em redes sociais um racha e críticas à gestão da entidade em meio a um momento de muitas demandas e dificuldades para a categoria em função da epidemia, falta de reajustes e previsão de grandes desafios.
Paula Guedes, que ocupava a Secretaria Geral da Direção, divulgou em redes sociais um longo texto em que anuncia sua saída e o culpa o que chama de situações de privilégios, falta de transparência, falta de apoio a trabalhadores e dificuldade de acesso à entidade, entre outras críticas.
“Essa decisão, foi baseada em discordar de algumas posturas do presidente e decisões que deveriam ser tomadas coletivamente, mas não é o que ocorre internamente”, diz a servidora no texto.
Paula Guedes listou as situações que provocaram sua saída:
– Privilégios
– Reuniões paralelas e decisões monocráticas.
– Falta de Transparência nas despesas e recursos do Sindicato, como a saída e abastecimentos dos veículos da entidade, inclusive finais de semana.
– A decisão de NÃO divulgar estar ao lado dos funcionários da UPA zona norte, se é político o problema, ao meu ver, independente disso, somos representantes do servidores, temos que estar à disposição dos mesmos, em qualquer circunstância. (Os políticos que lutem).
– Aquisição de bens pelo sindicato, não deveria estar em poder na residência de diretor, como notebook, celular, carro e assim vai, para uso particular !!!
– Sindicato de portas fechadas!
A diretoria do Sindicato disse por sua assessoria que não vai se manifestar sobre o caso neste momento. Na repercussão das mensagens, Paula divulgou novas críticas.
“Ainda estou sendo ameaçada de ir pra corregedoria, por um diretor do sindicato. Sindicalista fazer denúncia contra servidor? Motivo: Porque sou contra privilégios.”
O texto da ex-diretora mostra ainda que sua saída não foi um caso isolado na entidade.
“Enfrentamos a eleição do sindicato, não foi fácil, pois nos colocamos na cova dos leões e nossa força nos levou a eleger uma nova direção. Enfim, por falta de coesão, aos poucos os diretores foram esvaziando a direção”, diz Paula,
Impasse salariais, denúncias de assédio moral na Emdurb, discussão sobre condições de trabalho nos diferentes setores durante a epidemia, vale alimentação e um esperado projeto de reforma do modelo de previdência municipal são alguns dos temas em torno da categoria e do Sindicato no momento do racha.