O vereador Eduardo Nascimento (PSDB), principal nome de oposição ao prefeito Daniel Alonso na Câmara de Marília, foi eleito na manhã desta terça-feira presidente do legislativo para os dois últimos anos de mandato. A posse será feita dia 1º de janeiro.
A base do prefeito, que tem garantido aprovação com folga para diferentes projetos impopulares e de interesse da administração, não conseguiu a unidade para manter controle da Câmara, presidida pelo vereador Marcos Santana Rezende.
Eduardo Nascimento venceu o governista Júnior Moraes, líder do prefeito na Câmara, por seis votos a cinco, dom duas ausências de parlamentares: Danilo Bigeschi e Luiz Eduardo Nardi, que está em tratamento médico, não participaram da sessão.
Ele recebeu os votos dos vereadores Elio Ajeka, Agente Júnior Fefin, Ivan Luís, Vânia Ramos e Rogério Alexandre da Graça, e seu próprio voto. Será presidente do Legislativo pela terceira vez. Já ocupou o cargo em 2007 e 2008 e em 2011 e 2012.
A votação foi feita em dois turnos e os votos foram mantidos nos dois procedimentos. É um comportamento que se repetiu nas votações seguintes, para vice-presidente e segundo vice-presidente.
Eduardo Duarte do Nascimento tem 55 anos. Fez carreira de comerciário e dirigente no Sindicato dos Comerciários. É casado com Luciana Gomes do Nascimento, com quem tem os filhos Giovanni Gomes do Nascimento e Victória Gomes do Nascimento.
Em 2000 foi eleito vereador para seu primeiro mandato, pelo PDT com 877 votos. Foi reeleito vereador em 2004, pelo mesmo partido, com a marca de 1933 votos.
Foi secretário Municipal de Esportes, Lazer e Juventude de janeiro 2017 a 3 de abril de 2020 e vice-Presidente do Marília Atlético Clube.com o prefeito Daniel Alonso, de quem se afastou durante a gestão do clube.
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Ainda assim, em 2020 foi eleito com 2.318 votos, mesmo partido do prefeito na época – hoje Daniel está no PL – e no mandato consolidou o afastamento, que provocou inclusive tentativas judiciais para cassação de seu mandato por infidelidade partidária.
Em seu discurso, agradeceu aos votos da população e dos vereadores nesta eleição. Afirmou que vai atuar pelos 13 parlamentares, elogiou Júnior Moraes e mandou recado direto ao prefeito.
“Pode ficar tranquilo. Não existe revanchismo, não existe ódio, não existe raiva. Exista uma cidade a ser cuidada. Uma cidade que precisa de união. O que todos nós queremos é o bem comum, que a gente resolva os problemas da cidade. A população não quer conflitos”, disse Eduardo.
Afirmou que podem existir conflitos de ideias, mas não de pessoas. “Vamos buscar a harmonia dos poderes sim, claro que com independência. É uma luta árdua sentar nessa cadeira. Há que se respeitar quem tem mandato. Tem que ser uma relação decente, com respeito, com cordialidade.”
MESA DIRETORA
A derrota dos governistas foi ampliada na formação da Mesa Diretora. Rogério Alexandre da Graça, o Rogerinho, foi eleito com seis votos contra cinco da vereadora Daniela D’Avila Alves, candidata do bloco governista, que recebeu cinco votos,
Os resultados mostraram uma divisão da base que não era esperada nos últimos dias. Até a segunda-feira era apontada como certa a vitória de Júnior Moraes.
O vereador Osvaldo Fefin, o Agente Júnior Fefin, também de oposição ao prefeito, foi eleito segundo vice-presidente. O dentista Elio Ajeka foi eleito primeiro secretário, Vânia Ramos é a segunda secretária, Ivan Luís, o Ivan Negão, é o terceiro secretário e a professora Daniela D’Avila Alves será a quarta secretária.
