Famílias doadoras de leite humano e de crianças que recebem as doações tiveram um momento de emoção na tarde desta segunda-feira com um encontro na prefeitura de Marília, organiozado pelo Banco de Leite para celebrar a semana de doação. A data nacional para atividade é 19 de maio.
O encontro permitiu histórias de vida e lições de solidariedade. São casos como de Fagner e Sueli Paes, pais dos gêmeos João Victor e Rafaela, que não puderam ser amamentados pela mãe por causa de uma hemorragia após o parto que a levou para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Os bebês receberam leite de doadoras como Camila, Regiane, Vanda, Ana Carolina, entre outras, que foram homenageadas.
O Banco de Leite Humano de Marília figura hoje entre 225 no Brasil e 57 no Estado de São Paulo. Porém, há 35 anos, o serviço foi pioneiro na cidade juntamente com outros 11, instalados na mesma época. Atualmente, o BHL local conta com dez postos de coleta em municípios vizinhos.
Somente este ano, já foram coletados, examinados, classificados, pasteurizados e distribuídos cerca de 400 litros de leite. Em 2018, foram 800 litros. O volume por doadora varia: algumas voluntárias chegam a contribuir com até três litros por semana.
A média de bebês internados em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), por nascimento prematuro e outras complicações de saúde, varia entre 20 e 30 pequenos pacientes, simultaneamente. Atualmente 59 voluntárias estão cadastradas e colaboram, em média, com 70 litros por mês. O ideal, segundo a supervisora do Banco de Leite, seria de 120 doadoras.
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O BLH tem atendimento ao público das 7h30 às 13h30 e está instalado à rua 15 de Novembro, 50. É possível fazer doações com a retirada do leite em domicílio. Basta entrar em contato. O telefone é o 3413-8696.
A Saúde foi representada pela coordenadora administrativa da Secretaria Municipal da Saúde, Ednalva Nascimento, e pela supervisora do Banco de Leite Humano de Marília, enfermeira Sandra Domingues. O médico ginecologista e obstetra Jayro Domingues também prestigiou a reunião. Sandra preparou um encontro entre mães doadoras e famílias beneficiadas, que utilizaram os serviços do Banco de Leite no momento de maior fragilidade e temor.
“Nossa gratidão a estas mães, que não repartiram apenas o leite que puderam durante a fase de amamentação de seus filhos, mas repartiram vida, permitiram que nossos filhos pudessem estar aqui hoje”, disse Fagner.
A visita contou ainda com a presença de representantes dos “empretecos”, do Sebrae, que compõem um grupo de empresários participantes do Programa Empretec. Entre as práticas que eles mantêm, está a intervenção social para que seus negócios façam do mundo um lugar socialmente mais equilibrado.
O grupo promove uma série de ações, neste mês, em apoio ao Banco de Leite, incluindo arrecadação de materiais, melhorias nas instalações do local e divulgação do tema da doação de leite materno.
