O secretário estadual do Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, disse nesta quarta-feira durante entrevista coletiva que Marília tem um risco “expressivo” e afirmou que o governo notificou a prefeitura com “preocupação” sobre a saúde e um pedido para revisão do decreto de flexibilização.
“O prefeito Daniel Alonso estendeu para bares e restaurantes e nós esperamos que ele possa rever sua decisão, se adaptando para a fase métrica que a saúde e ciência sinalizam”, disse o secretário durante a coletiva.
A informação foi uma resposta a uma pergunta direta da rede Record ao governador João Doria sobre o caso de Marília, inclusive com a identificação do prefeito como aliado político filiado ao PSDB, mesmo partido do governador.
O governador João Doria disse que os municípios que não seguirem as regras deverão responder ao Ministério Público. “Os que desejarem romper os princípios responderão na Justiça, será tarefa do Ministério Público de São Paulo e eventualmente do Tribunal de Justiça. A regra tem que ser obedecida.”
Doria não fez comentários sobre a decisão da prefeitura e repassou ao secretário a responsabilidade. Antes, no pronunciamento que faz antes de todas as coletivas, Doria disse que “não é hora de celebração nem de festa, É hora de atenção, concentração e respeito. Saberemos exigir isso.”
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Disse ainda que nenhuma medida será tomada por “pressão de quem quer seja”, não há pressão de prefeitos, de parlamentares, de empresários, de governo federal.
“Utilizamos dados técnicos e seguimos recomendações objetivas para informar com absoluta clareza. Não tratamos doenças e falecimentos como algo inevitável. Esforço diário e coletivo para salvar vidas, não quero apenas lamentar, queremos salvar vidas”, disse Doria no pronunciamento.
Após uma semana de avaliação do Plano São Paulo, a secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, apresentou avaliação do Estado e manteve Marília na fase laranja com estabilização dos índices, sem alteração positiva ou negativa.
Patrícia Ellen reapresentou os critérios de análise, que envolvem dados sobre ocupação hospitalar e evolução dos casos. O aumento de casos é o maior problema de Marília.
O prefeito Bruno Coas, que também participou da coletiva, apresentou dados da capital que mostram dados em cada critério, alguns deles com a cidade na faixa verde, mas disse que o Plano de flexibilização considera sempre o pior critério na classificação.
