Marília

Estado vende imóvel usado por Igreja em Marília; desocupação vira disputa

Estado vende imóvel usado por Igreja em Marília; desocupação vira disputa

Virou disputa judicial a venda de um imóvel do governo do Estado de São Paulo em Marília, concluída em março deste ano. Envolvem área de 12,2 milm² – com 1.466m² de construções – em área nobre vizinha ao bosque municipal, na avenida Brigadeiro eduardo Gomes. Está ocupado em locação pela Igreja Comunidade Ágape e fracassou tentativa de acordo para uma desocupação negociada. 

O terreno com a construção foi adquirido por uma ermpresa de participações com perfil individual, registrada com sede na residência da proprietária em Marília. Ela apresentou oferta de R$ 5,8 milhões a serem pagos com sinal de de R$ 232 mil e o restante em até 120 parcelas.

A venda foi feita em outubro. A Igreja foi comunicada pelo governo que os alugueis seriam pagos de forma normal até o registro da escritura, o que aconteceu em março. A partir daí o pagamento seria feito para a nova dona. Mas a empresa de participações informou que não tem interesse em manter a locação.

A Igreja informa que aceita desocupar, mas pede tempo e pagamento do aluguel nos mesmos valores até a saída: R$ 15,4 mil. A empresa quer aluguel de R$ 25 mil ou despejo imediato. E o caso chegou à  Justiça.

A Ágape apresentou à 3ª Vara Cível em Marília um pedido para depositar o valor do aluguel atual em juízo – assim como os próximos – enquanto se discute a desocupação.

O juiz Luís Cesar Bertoncini concordou com o pedido e determinou o depósito em juízo em 24 horas. Mandou também citar a nova proprietária do imóvel para manifestação sobre o caso.

A discussão encaminha uma ameaça que pairava sobre a Igreja há anos. O imóvel pertencia à Codasp (Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo) e chegou a ser listado para um leilão em cobrança de dívida da empresa em 2019.

A venda acabou suspensa pela Justiça. O prédio foi transferido para a Fazenda do Estado com a desativação da Codasp e entrou na lista de imóveis do Estado para venda.

Foi arrematado pela empresa de participações em disputa com outro interessado, que ofereceu valor um pouco menor: R$ 5,2 milhões. O imóvel estava oficialmente avaliado em R4 4,6 milhões.

O Giro Marília tentou contato com representantes da Igreja e da empresa, mas não conseguiu retorno. Aguarda as manifestações para publicação.