A falta de xaropes, antibióticos e antialérgicos em gotas e até analgésicos em supositório para crianças virou uma preocupação para pais e profissionais da saúde em Marília. A dificuldade em encontrar os medicamentos já vem sendo registrada em diversas cidades do país e há poucas opções: a produção não acompanha a demanda.
Dipirona em supositório – usada para crianças com dificuldade para tomar remédios por via oral -, e alguns produtos como o antibiótico Ceclor, o expectorante Fluimucil, bronco dilatadores e antialérgicos sumiram das prateleiras. São algumas das marcas, faltam outras diversas.
“Não encontro nem genérico. A médica já alterou a medicação, desde sábado procuro em várias farmácias e não tenho encontrado”, diz um pai em mensagem enviada ao Giro Marília. Com dois filhos pequenos, ele teme por problemas no inverno.
Em alguns casos, remédios em forma de comprimidos são encontrados e podem ser usados como alternativas. Mas depende da análise do profissional e do contato dos pais com médicos de sua confiança
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A crise nacional ganhou visibilidade com queixa em diversas cidades e uma mensagem do músico Bruno Gouveia, vocalista da banda Biquini Cavadão, que fez um apelo por remédio para o filho após dias sem encontrar. Ele procurava dipirona por supositório.
Bruno recebeu – e agradeceu – mensagem de orientação de um pediatra de Marília, o médico George Thomé. Nesse caso, é possível buscar alternativas com remédios manipulados, explica o médico. Mas a situação geral preocupa.
“A falta é geral, não é problema de Marília. Quando chegam à farmácia, em pequena quantidade, esgotam no mesmo dia”, explica o médico.
O pediatra faz um alerta para medidas de prevenção importantes, como a vacinação contra a gripe, que tem doses disponíveis na rede pública. “Ainda com baixa adesão”, destaca.
