Marília - A família de um técnico agrícola e uma vítima de bala perdida cobram em Marília indenizações de duas empresas de eventos pela morte e lesões a tiros no rodeio de Marília em 2024. O caso vai completar um ano no próximo domingo, 31, e os dois processos tiveram andamentos nesta semana.
Os alvos das cobranças são empresas que atuaram na estrutura do evento e exploração comercial da festa e também o policial Moroni Siqueira Rosa.
Soldado da PM e autor dos tiros é, inclusive, réu por homicídio e duas tentativas. Fez quatro disparos, matou o técnico agrícola Hamilton Olímpico Ribeiro Júnior, feriu duas pessoas.
Policial militar, estava de folga com a família e acabou preso, bem como sentenciado a responder no Júri Popular. Porém, ainda não há data para julgamento.
Caso de família
O caso de maior impacto, aliás, o primeiro a cobrar as empresas, recebeu na terça-feira, 26, uma petição para contestar a cobrança.
Envolve os pais do técnico morto, irmão e irmã, além de filha e da mãe da menina. Assim, querem R$ 1,5 milhão em indenização.
A família vive em Itapura (315km de Marília), quase 5.000 habitantes, que teve, inclusive, homenagens e protesto após a morte.
Os familiares apontam como responsáveis empresas de entretenimento e serviços com atuação na estrutura e exploração do evento.
Bala perdida
A briga cresceu na quarta-feira, 27. Um jovem que foi vítima de uma bala perdida, com ferimentos no rosto, apresentou novo pedido.
Ele quer indenização de R$ 100 mil e tem como alvos a empresa de entretenimento e o soldado Moroni Siqueira. Não há tramitação ou manifestação dos dois.
O caso tem ainda outra vítima, que teve ferimento na perna. O caso aconteceu poucos dias após morte no rodeio de Promissão, onde um delegado atirou e uma das balas matou a menina Kartina Silva, 16.
Naquele caso, há indicação, inclusive, de cobrança por danos coletivos por disparo em local de concentração pública. Ainda não há essa ação em Marília.