
Duas mortes relacionados às complicações da Covid-19 em Marília provocam surpresa, luto e mensagens de tristeza: o professor Oliveiro Zamaio, que morreu menos de 24h depois da filha, também educadora, Gisele Zamaio, e a morte do autônomo que passou sete dias na UPA esperando vaga em hospital.
A morte do professor Oliveiro oi divulgada por familiares e amigos que já estavam em luto pela perda de Gisele no sábado. A família tinha relações na região, em cidades como Alvinlândia e Lupércio, além da história profissional e de amizades em Marília.
“Vai em paz, que Deus tenha mais um anjo no céu. Melhor sogro, igual a um pai pra mim. Família em luto”, divulgou Christian Zanella, marido de Gisele.
“Eles tem nome, família, amigos…Eles são PAI E FILHA…ontem Gisele Zamaio nos deixou e hoje o pai dela Professor Oliveiro Zamaio. Isso é tremendamente triste, desolador, sem palavras para tanta tristeza meu DEUS. É real e mortal esse maldito vírus”, divulgou a professora Solange Martins.
Gisele havia sido internada no dia 9 de março e faleceu no sábado no HBU. Não há ainda informações sobre a evolução da doença no caso do pai.
OBITO NA FILA
Também na tarde deste domingo, Michele Caetano Rocha, que havia revelado a angústia da família na espera por uma vaga em hospital, relatou a mote do pai, Aderaldo Rocha, de 49 anos.
Ele foi levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) no dia 22 de março. No dia 25 a filha divulgou em redes sociais mensagens sobre a angústia pela falta de leitos.
Neste domingo voltou às redes. “Nesses sete dias não vagou nenhum leito. Meu pai faleceu na fila dos leitos”, disse a moça.
Aderaldo era autônomo, trabalhava com entregas em uma transportadora. Será sepultado em Pompéia na manhã desta segunda. “E teve mais uma morte, em seguida à do meu pai, também na fila do leito.”