
Fiscais do Ministério da Agricultura e da Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado fizeram duas interdições, um auto de infração, oito termos de fiscalização e destruíram algumas mudas com sinais de cancro cítrico durante fiscalização em Herculândia.
A vistoria provocou reação com protesto que bloqueou uma estrada e impediu a saída de fiscais de uma das propriedades alvos da fiscalização.
Os agentes conseguiram deixar o local após chegada da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Militar e da Polícia Ambiental. A equipe foi escoltada pela PRF até um hotel em uma cidade próxima.
Os policiais devem fazer um relatório sobre o ocorrido e encaminhar para eventual apuração de responsabilidades nas ameaças contra os fiscais.
Não há dados sobre o número de plantas que teriam sido destruídas após a descoberta do cancro cítrico. Mas o Giro Marília apurou que o maior problema foi a venda de produtos sem qualquer registro, todos considerados irregulares.
A fiscalização envolveu dois dias de trabalho das equipes, com pelo menos 12 profissionais, em propriedades de Herculândia (60km de Marília).
A cidade é reconhecida pelas propriedades de mudas e sementes, especialmente de árvores frutíferas.
Nesta quarta-feira, pouco antes das 14h, os fiscais enfrentaram protesto de produtores com o bloqueio de uma estrada. Caminhões e veículos impediram a equipe de deixar a propriedade.
A manifestação foi agravada com a atração de muitas pessoas, algumas com fogos de artifício. Os fiscais sentiram-se ameaçados e chamaram a polícia.
Enviaram mensagens ao comando das equipes com relatos sobre a pressão e pedidos de apoio.
A liberação pela polícia encerrou a crise, os fiscais agora vão encaminhar os procedimentos administrativos.