Marília - A Fumares (Fundação Mariliense de Recuperação Social) entrega oficialmente nesta terça-feira a sede rural de 50 anos para novos projetos da Prefeitura de Marília.
A cessão da sede rural, ao lado da rodovia SP-333 e em frente da Fundação Casa, prevê 12 meses de duração ou até a extinção da Fumares, com renovações.
O imóvel e todos benfeitorias passam à administração municipal com possibilidade de uso por qualquer serviço público. A projeção é que o espaço passe para a Secretaria Municipal da Agricultura.
Representa espaço com 330 mil m², estrutura de abrigo, hortas e espaços de criação e outras atividades que por 50 anos foram maior projeto social da cidade.
A Fundação Mariliense de Recuperação Social foi iniciativa do então prefeito Pedro Sola que cedeu terreno com 329.435,00. Nasceu, principalmente, para acolher população em situação de rua.
O fim da atividade no local prevê devolução à prefeitura, o que permite redirecionar ocupação.
Fumares, 50 anos
A Fumares nasceu em dezembro de 1974. Abrigou pessoas em situação de rua para trabalhos com hortaliças e criação de animais. De forma mais recente, a Fundação terceirizou gestão.
Além disso, assumiu novas funções, como gerenciar o sistema do Bom Prato, do governo do Estado, que oferece refeições com preços simbólicos na cidade.
Quando anunciou o fim das atividades, em maio, anunciou mudança da Fumares na Casa Cidadã, rua Paraíba, 674, centro, onde, inclusive, já coordena abrigo a população em rua.
Apesar da história e inovações que representou, a sede rural teve também polêmicas. Baixa utilização, abandono e até casos de violência contra população em rua
O trabalho na zona urbana deve envolver acolhimento, escuta, estudo social, bem como elaboração de planos individuais de acompanhamento.