Marília

Impasse entre empresa e caminhoneiros vira protesto e caso de polícia em Marília

Impasse entre empresa e caminhoneiros vira protesto e caso de polícia em Marília

Um impasse entre e proprietários de caminhões e uma transportadora de Marília criou protesto dos caminheiros e um registro oficial do caso na polícia, feito pela empresa para resguardar direitos no caso.

Os caminhoneiros são contratados como agregados. Têm os veículos e usam carretas da empresa para transporte de cargas entre estados e cidades de São Paulo.

O impasse começou dia 14 e desde o dia 18 os motoristas estão na cidade e dizem estar retidos em Marília, sem poder retornar às suas casas, por falta de acordo e definição para pagamento de serviços realizados.

Os caminhões estão no pátio da empresa ainda atrelados às carretas, que são da transportadora. Na tarde desta sexta-feira a Polícia Militar foi ao local, mas informou que a retirada dos motoristas depende de ordem judicial.

Segundo o advogado Ricardo Andrade Godoi, que representa a transportadora, a discussão envolve cumprimento do contrato, devolução das carretas e regras para distrato, que segundo ele prevê aviso prévio ou multa.

Os caminhoneiros dizem que o contrato venceu. Segundo o advogado, a renovação é automática e prevista, confirmada pela prestação de serviços continuada.

“Alguns aqui não têm dinheiro nem pro diesel para ir embora. E a empresa não dá posição nenhuma. Ficamos com o caminhão dentro do pátio. Chamaram a polícia. Não somos bandidos, somos trabalhadores, longe de casa”, disse Junior Fegolo, um dos motoristas, que mora em Bauru.

Os motoristas dizem que estão dormindo nos veículos dentro do pátio sem qualquer situação de conflito, à espera de solução. Após a chegada da polícia, deixaram o prédio e foram autorizados a retornar no final da tarde.

O trabalho é pago com remuneração por quinzena em repasses feitos nos dias 10 e 25 de cada mês. “O pagamento vai ser feito regularmente dia 25, na próxima semana. O que a empresa pede é que eles liberem as carretas para outros agregados contratados”, diz o advogado.

Os manifestantes dizem que em alguns casos vieram de longe, do sul do país, com as carretas vazias e custos altos de viagem, apenas para devolução e pagamento, mas dizem que não há acordo ou previsão de repasses.

Nesta manhã disseram que a empresa bloqueou os rastreadores e quem sai do prédio não retorna mais. Os motoristas dizem que não conseguem ser atendidos por nenhum dirigente e só recebem recados por funcionários da companhia.

Segundo o advogado, o dirigente da empresa passou por cirurgia, só deve retornar às atividades na próxima semana, quando vai discutir o distrato.

Ricardo Godoi diz ainda que os agregados trabalhavam com cargas da Coca-Cola para um contrato que foi encerrado e não aceitam transportar outras cargas, que em alguns casos envolvem destinos mais distantes.

“Eles têm um contrato que precisa ser cumprido. Reza que quando o agregado pede distrato precisa cumprir um aviso prévio de 90 dias. Temos o fechamento, vão receber dia 25. Mas o aviso prévio vai ser decidido na semana que vem.  A empresa tem cargas, outros agregados, a carreta está parada no pátio”, diz o advogado.

Os manifestantes dizem que em alguns casos vieram de longe, do sul do país, com as carretas vazias e custos altos de viagem, apenas para devolução e pagamento, mas dizem que não há acordo ou previsão de repasses.

“Nós recebemos por quinzena. Alguns aqui não têm dinheiro nem pro diesel para ir embora. E a empresa não dá posição nenhuma. Ficamos com o caminhão dentro do pátio. Chamaram a polícia. Não somos bandidos, somos trabalhadores, longe de casa”, disse Junior Fegolo, um dos motoristas, que mora em Bauru.