
Um incêndio na noite de sábado atingiu os diferentes andares do prédio da antiga Central Marília Notícias na rua Coronel Galdino, no centro da cidade. Ainda não há detalhes sobre o causa do incêndio ou os estragos provocados por ele.
O prédio estava abandonado desde o fechamento do jornal Diário pela Polícia Federal em janeiro de 2017. As rádios Diário FM e Dirceu AM haviam sido fechadas, meses antes, em agosto de 2016, na Operação Miragem.
Os bombeiros tiveram duas horas de trabalho para conter o fogo. Relataram material abandonado, papéis e documentos, entre outros produtos inflamáveis, que potencializaram o incêndio. Não há detalhes do que tenha sido destruído.
Alguns arquivos do jornal, como documentos contábeis, financeiros e de recursos humanos, já haviam sido recolhidos em processos de investigação. Não há informações sobre estes arquivos, já que ninguém assume a propriedade da empresa, alvo de investigações sobre posse oculta, falsificação ideológica e outros crimes.
Também não há informações sobre acervo de jornais, fotos e gravação. O Diário mantinha grande acerbvo do jornal Correio de Marília, fundado em 1928, antes da emancipação política da cidade.
O prédio possui três andares. No térreo mantinha fachadas de vidro que foram cobertas com paredes e uma porta com vidros para acesso lateral que pode ter sido usada para invasão ou início do incêndio.
O volume de material armazenado e a estrutura do prédio complicaram o trabalho dos bombeiros. O segundo andar, que abrigou por anos estrutura administrativa, contábil, comercial e de redação e produção do Diário, é formado por um grande salão dividido em diversos espaços.
Logo na entrada, uma escada estreita leva a uma área do terceiro andar que funcionava como direção da empresa. No final do salão, outra escada estreita leva a uma área onde funcionaram as rádios, com estúdios e salas de apoio.
É a segunda vez que o prédio é atingido por um incêndio. Na primeira, em 2005, o fogo foi provocado em meio a uma disputa política e judicial entre a empresa e o grupo do ex-prefeito Abelardo Camarinha. Três assessores e pessoas próximas a Camarinha foram condenadas pelo atentado.