Marília

Interino do Daem deve decidir contrato polêmico com Águas de Marília

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Interino do Daem deve decidir contrato polêmico com Águas de Marília

O atual vice-presidente do Daem, Marcelo de Macedo, que deve assumir de forma interina e por tempo indeterminado o comando do departamento de água da cidade, pode ter nas mãos a decisão final de um dos contratos mais caros e polêmicos da cidade: os gastos milionários do município com a empresa Águas de Marília, que controla um poço profundo na zona norte da cidade.

O contrato para compra de água da empresa termina em novembro deste ano após 20 anos de exploração. A Águas de Marília recebeu só em 2016 R$ 5,8 milhões, segundo informações da Matra (Marília Transparente), organização de acompanhamento dos gastos públicos em Marília.

A organização promoveu um encontro com o presidente do Daem, José Carlos Souza Bastos, o Beca, para discutir valores e questões legais do contrato e divulgou lista de preocupações com os gastos provocados pelo vínculo com a Águas de Marília. Beca defende o fim da relação com a empresa para que o Daem assuma o poço, como previsto no contrato.

Mas o atual presidente deve ser afastar do departamento nos próximos dias para uma cirurgia que pode deixá-lo fora do Daem por até 120 dias em recuperação da implantação de uma prótese ortopédica.

Assim, Marcelo de Macedo estaria no comando do Daem em novembro, quando o contrato vence. No anúncio de seu afastamento, Beca disse que o vice está alinhado com a direção do Daem e mostrou dedicação aos projetos de viabilização do departamento.

O contrato da Águas de Marília foi assinado em julho de 1997 durante gestão do ex-prefeito Abelardo Camarinha. Estabelece valor mínimo para o metro cúbico de água em R$ 2,34 e gasto mensal mínimo de R$ 421 mil.

Mas segundo Beca, o poço atende famílias de baixa renda, com pouco consumo, que pagam na maioria dos casos R$ 1,70 pelo metro cúbico de água. Ou seja, o Daem é obrigado a comprar água por até R$ 0,64 a mais por cada metro cúbico que vende.

Em planilha apresentada para a Matra, Beca informou que em 2016 o contrato com a Águas de Marília 8,51% do total de despesas do DAEM.