
Fabricio Buim Arena Belinato, 39 anos, psicólogo, foi condenado na tarde desta terça-feira a 56 anos e quatro meses de prisão pelos três crimes envolvidos na morte de sua esposa, Cristiane Pedroso dos Santos, 34 anos, e uma enteada, Karoline, de nove anos, assassinadas em 2020 em Pompéia (30km de Marília).
Os jurados acompanharam a acusação do Ministério Público e consideraram o psicólogo culpado de duplo homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor cometida contra M.K.S.G., filha mais velha de Cristiane.
A sessão do Tribunal Júri Popular realizada no Fórum de Pompéia teve acesso restrito e jornalistas não puderam acompanhar o desenrolar da sessão, que incluía a previsão de ter na mesma sala Fabrício e a adolescente M.K. pela primeira vez desde que o caso foi descoberto.
A pena foi ampliada pelo enquadramento do caso como feminicídio. Fabrício está preso desde fevereiro de 2021 e tem direito a recorrer contra a decisão, mas segue detido.
A decisão era esperada pela violência envolvida no caso – especialmente em relação à criança, que teria sido vítima de traumatismo craniano, ocultação dos corpos e participação da filha da vítima na ocultação – que provocou repercussão nacional.
Os crimes aconteceram entre novembro e dezembro no bairro Distrito Industrial, onde a família vivia. Fabrício se casou com Cristiane em um relacionamento relâmpago iniciado em 2015.
Quando matou a mulher ele já mantinha um relacionamento com a adolescente, sua enteada. As fotos e frases românticas do casal, que eram comuns nas redes sociais no início do relacionamento, deram lugar a muitas imagens e momentos com a menina.
Em seu depoimento após a prisão, Fabrício disse aos policiais que cometeu o crime em um momento de discussão.
Cristiane foi enterrada em um corredor lateral da casa. A menina, morta dias depois, foi enterrada no quintal. Fabrício seguiu na casa com M.K. até fugir pouco antes de a polícia descobrir os corpos.