Marília

Justiça autoriza retomada de pesqueiro interditado em Marília mas afasta gestor

Justiça autoriza retomada de pesqueiro interditado em Marília mas afasta gestor Justiça autoriza retomada de pesqueiro interditado em Marília mas afasta gestor Justiça autoriza retomada de pesqueiro interditado em Marília mas afasta gestor Justiça autoriza retomada de pesqueiro interditado em Marília mas afasta gestor
Justiça autoriza retomada de pesqueiro interditado em Marília mas afasta gestor

O juiz José Augusto França Júnior, da 3ª Vara Criminal de Marília, determinou o afastamento do administrador e a nomeação de gestor provisório para autorizar a reabertura de um pesqueiro da zona leste da cidade que foi fechado pela vigilância sanitária por descumprir regras de flexibilização da quarentena.

A medida vai permitir que o local retome suas atividades como forma de garantir viabilidade a empresa e manutenção de renda para gestores e funcionários. Mas o pesqueiro deve obedecer todas as regras do Plano São Paulo, como limite de ocupação e de horários de funcionamento.

A decisão, de sexta-feira, dia 21, também proíbe o gestor do pesqueiro de comparecer ao local ou exercer qualquer ato de gestão. Ele deve indicar um administrador provisório que vai assinar um termo de responsabilidade pela obediência às regras.

O caso chegou à Justiça após uma representação da Polícia Civil que apontou pelo menos três situações em que o local teria descumprido as regras de flexibilização de atividades e pediu a interdição completa da empresa. O juiz não atendeu.

“Entendo que a interdição absoluta penaliza diretamente a pessoa jurídica e inviabiliza sua existência, em indevida responsabilização criminal inadmissível no ordenamento jurídico pátrio. Ora, conforme texto expresso da Constituição Federal (art. 225, §3º), a responsabilidade penal da pessoa jurídica circunscreve-se aos crimes ambientais.”

O despacho abre prazo de cinco dias para que o pesqueiro faça a indicação do administrador provisório e defina a retomada das atividades.

Luciano Rocha Villela, Supervisor da Vigilância Sanitária, disse que a decisão é um reforço para os serviços de controle e cumprimento das normes. “Medidas como essas de excepcional intervenção do Poder Judiciário, somente vem somar ao nosso trabalho incansável de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.”