
A Justiça de Marília negou um pedido para devolver veículos apreendidos durante a “Operação Sunset”, que investiga lavagem de dinheiro obtido com jogo do bicho em Marília, Bauru e outras cidades da região.
O pedido argumentava que os veículos estavam em situação de deterioração e perdas para os acusados e que a polícia não mantém espaço adequado de abrigo para os bens.
Mas o juiz Paulo Gustavo Ferrari, da 2ª Vara Criminal de Marília, entendeu que a investigação apontou uso do dinheiro da contravenção para aquisição dos bens e para maquiar grande movimentação financeira.
O despacho diz que a apreensão dos carros, bloqueio dos bens e valores revelam indícios de uma estruturada organização que investe na aquisição de bens como forma de dissimular a origem ilegal das grandiosas somas em dinheiro.
“A investigação está em curso e diante da complexidade dos fatos em exame, a apreensão dos veículos deve ser mantida por cautela, pois persiste o interesse penal”, disse.
Os carros foram apreendidos em operação desenvolvida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Bauru em novembro do ano passado. Também foram encontradas grandes somas em dinheiro, documentos, além do bloqueio de bens que envolvem até embarcações na região.
O Gaeco investiga envolvimento de duas famílias da cidade na exploração do jogo do bicho e lavagem de dinheiro, uma infração mais grave e que pode provocar mais medidas contra os envolvidos.
Além de Marília, a promotoria aponta uma organização com sede em Bauru e atuação em pelo menos 25 cidades do Oeste Paulista.