
Marília - Em um dia, nesta sexta-feira, a Justiça publica 26 condenações com ordens contra a Prefeitura de Marília para indenizar moradores pelas condições de risco o abandono no conjunto de prédios da CDHU na zona sul.
Os 26 casos envolvem 30 moradores e cada um passa a ter direito a uma indenização de R$ 30 mil. Os casos todos representam R$ 900 mil em indenizações que o dinheiro público vai pagar.
Há centenas de ações em tramitação, muitas delas com condenações. A Prefeitura ainda pode recorrer. As condenações atingem ainda a CDHU, companhia do Estado responsável pela construção dos prédios.
Em todos eles, a decisão segue o mesmo padrão: indenização por dano moral para família expostas a riscos e que perderam suas moradias.
Os prédios sofrem ordem de interdição por risco de desabamento por infiltração e falhas na estrutura.
Além das indenizações a Prefeitura e a CDHU pagam todos os meses R$ 1.000 de aluguel social a cada uma das famílias atingidas.
Os conjuntos tinham 880 unidades em blocos de quatro andares, muitas com ocupação irregular e nem todas envolveram remoção de famílias.
Durante o processo de evacuação, o condomínio Paulo Lúcio Nogueira passou a sofrer vandalismo e furtos. Uma história que mancha a homenagem ao nome do – homenagem a um juiz e jurista com atuação em Marília.
E tudo isso em um caso que a partir de 2018 virou discussão judicial para obras de conservação que a prefeitura e a CDHU arrastaram. A conta, o cidadão paga em Marília e todo o Estado.