Marília

Justiça revoga prisão preventiva de PM acusado de executar procurado em Ourinhos

Justiça revoga prisão preventiva de PM acusado de executar procurado em Ourinhos

A justiça de Ourinhos revogou a ordem de prisão preventiva do subtenente Alexandre David Zanete, preso desde setembro do ano passado acusado de executar a tiros Murilo Henrique Junqueira, procurado pela Justiça que fugiu com a aproximação dos policiais.

A decisão atende um pedido da defesa do subtenente com argumento de que a Justiça encerrou a produção de provas no caso, que pode levar Zanete ao Tribunal do Júri.

A prisão foi substituída por medidas cautelares – – comparecimento mensal na Justiça para informar e justificar atividades; proibição de manter contato com todas as pessoas ouvidas como testemunhas por qualquer meio ou por interposta pessoa e, finalmente, proibição de se ausentar da Comarca sem autorização judicial-.

A libertação do subtenente contrariou parecer do Ministério Público, que denunciou Zanete por homicídio qualificado no caso e defendia manutenção da prisão.

“Em que pese a existência de prova da materialidade e indícios da autoria do crime, entendo que não mais subsiste a necessidade da prisão cautelar, haja vista que, como bem destacado pelo D. Defensor, a instrução processual já se encontra encerrada, restando, portanto afastada a necessidade da manutenção da prisão por conveniência da instrução”, diz a nova ordem judicial.

Além da denúncia na Justiça comum, o subtenente, que estava em caminho de aposentadoria na PM, responde a investigação militar. Zanete chegou a ter o salário suspenso, mas conseguiu ordem judicial para retomada dos pagamentos.

O cabo João Paulo Herrera de Campos, que acompanhava Zanete na ação e chegou a ser preso, foi libertado em novembro do ano passado. Ele segue investigado por fraude processual.

Os dois policiais montaram tese de que Murilo foi morto em legítima defesa. Mas sistema de vídeo da rua mostra que o suspeito caminhava com os braços para cima, sem arma, quando foi atingido.