Segurança e qualidade

Laboratório com alunos da Fatec ajuda Banco de Leite em Marília

Estudantes atuam em projeto de análise e aprovação de leite para distribuição após doações

Laboratório com alunos da Fatec ajuda Banco de Leite em Marília

Marília - Estudantes da Fatec Marília desenvolvem projeto de suporte ao Banco de Leite Humano da cidade com atuação em laboratório de análise das doações.

A atividade é uma parceria com a Rede Global de Bancos de Leite Humano que ajuda, principalmente, a salvar vidas de recém-nascidos.

Além disso, o projeto é uma atividade em convênio com Hospital Materno Infantil da cidade, outro órgão estadual em suporte ao serviço.

O professor Paulo Sérgio Marinelli conta que o laboratório avalia aproximadamente 5 mil amostras por ano.

“As análises acontecem nos laboratórios de microbiologia e análise físico-química. Assim, os laudos positivos garantem a segurança e a qualidade do leite”, explica.

Padrão de qualidade

O processo de análise é rigoroso e envolve várias etapas. Começa com amostra de 300 mililitros de leite que no procedimento passa por pasteurização, bem como congelamento.

Depois, o produto passa por exames microbiológicos, que verificam possíveis contaminações. Por meio de análises físico-químicas, avalia propriedades como valor calórico, acidez e gordura. Em média, o resultado fica pronto em três dias úteis, autorizando ou não o uso do leite.

O trabalho contribui para a saúde pública e, além disso, oferece uma experiência prática aos estudantes do curso superior de tecnologia em Alimentos.

Os jovens participam de atividades de estágio e de estudos de impacto, como uma pesquisa sobre os efeitos da pandemia na qualidade do leite materno na região.

O suporte da Fatec Marília ao Banco de leite transformou o laboratório em referência na região, com mais de 60 cidades e milhares de mães e bebês. Desde o início deste ano, cerca de 150 recém-nascidos receberam o alimento doado pelo banco de leite de Marília, que é um dos oito pioneiros no País.

Exemplo de sucesso

O exemplo de Igor Guedes Rocato, ex-aluno com graduação em 2019, ilustra bem a conexão após estágio em que atuou na análise físico-química do leite.

“Hoje trabalho como técnico em processos críticos em uma indústria de bebidas, realizando análises que vão desde o xarope até o produto final”, conta o jovem.

“O projeto demonstra como a união entre ensino, pesquisa e solidariedade pode transformar vidas, formando profissionais qualificados e promovendo o bem-estar da comunidade”, ressalta o professor.