Marília - Uma operação de limpeza em prédios da CDHU no Condomínio Paulo Lúcio Nogueira mostra estado de abandono e perdas um ano após interdição do local.
O caso provocou retirada e realocação para mais de 800 famílias, com sequência de saques e depredação.
O trabalho mostra que o espaço acumula lixo e entulho, bem como galhos em descarte irregular. Além disso, há restos de material queimado por moradores, que só agravam o problema na região.
Segundo a Prefeitura de Marília, o objetivo da limpeza é garantir condições de segurança, principalmente em período de férias, com mais crianças nas ruas.
A região tem ainda bairros de casas e prédios com grande mobilidade em torno do condomínio, que aguarda reforma ou destinação.
Segundo o secretário municipal do Meio Ambiente e Serviços Públicos, Mário Rui Andrade de Moura, a equipe limpa toda a área.
Além de reduzir o impacto de abandono, elimina criadouros de mosquitos e insetos.
O condomínio foi centro de anos em disputa judicial em que a prefeitura e CDHU ignoraram relatos de danos e abandono. O Tribunal de Justiça interditou por risco de desabamento.
A família e o Estado pagam aluguel social de R$ 1.000 por família que realocou e os moradores esperam solução para casa própria que perderam.
Além disso, o caso deixa uma longa disputa judicial por indenizações, muitas em fase de execução. O abandono segue custando caro a todos os contribuintes.