“Deus me deu, Deus tomou. Te amo minha filha, obrigada por nos ensinar a sermos seres humanos melhores, obrigada por nós ensinar o que é o amor….” Com essa mensagem de fé e carinho a família da menina Valentina Guidi anunciou na noite deste sábado o fim de uma luta pela vida. Valentina descansou.
A menina, que enfrentava desde os sete meses sintomas de uma síndrome rara de origem genética, era o centro de uma corrente de financiamento, torcida e apoio por tratamentos contra a síndrome de Krabbe, que provoca perda muscular e descontrole físico.
Filha de dois integrantes da polícia Militar de Marília, Valentina ganhou repercussão nacional quando uma grande campanha em diferentes cidades arrecadou recursos para uma viagem aos Estados Unidos.
A criança foi selecionada para pesquisa de um hospital de Pittsburgh, conseguiu a viagem em janeiro de 2020 mas retornou sem atendimento. ”Os médicos afirmaram que a Valentina está com 90% do cérebro atingido e nos mandaram para casa”, contou a mãe, Denise, na época.
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O diagnóstico na época apontava a previsão de um agravamento rápido do caso, em três meses. Erraram. Valentina resistiu mais de 15 meses, fez fisioterapia, ganhou e distribuiu carinho.
Há uma semana a família celebrou a força da menina. “Um ano rompendo prognósticos”.
Valentina nasceu saudável. Revelou os primeiros sintomas aos sete meses e aos dez meses a síndrome foi confirmada. Foram dois anos de luta, reações e uma rede de torcedores e seguidores.
