Marília

Marília cai no ranking de gestão fiscal em 2016

Marília cai no ranking de gestão fiscal em 2016 Marília cai no ranking de gestão fiscal em 2016 Marília cai no ranking de gestão fiscal em 2016 Marília cai no ranking de gestão fiscal em 2016
Ex-prefeito Vinícius Camarinha com sua equipe de gestão de finanças
Ex-prefeito Vinícius Camarinha com sua equipe de gestão de finanças

Marília caiu para a 263ª no ranking estadual de Gestão Fiscal elaborado pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) com base em dados de arrecadação, investimentos, receita, gastos com pessoal e liquidez em 2016. Em 2015 a cidade havia obtido a 122ª colocação.

A cidade recebeu nota 0,4706, ficou com conceito C – o mesmo do ano anterior (2015) e registrou a quarta avaliação mais baixa em 11 anos de estudo. Só ficou acima de 2011 (0,4440), 2013 (0,4006) e 2012 (0,3556).

Conceito D para investimentos públicos  e C para gastos com pessoal puxaram a nota da cidade para baixo. O melhor índice foi o de receita própria, que avalia volume de arrecadação e dependência dos governos federal e estadual. Neste quesito a cidade teve nota 0,8687, a única que valeu conceito A.

A queda do desempenho de Marília é grande também se considerados os dados nacionais. A cidade passou da 970ª posição em 2015 para 2219ª no ano seguinte.

A favor da gestão do ex-prefeito Vinícius Camarinha cidade estão conclusões de que o desempenho geral piorou muito em todo o país e afetou outras cidades de médio porte. São Carlos despencou do 113º lugar para  o 456º.

Esta retração é a justificativa do ex-prefeito para o desempenho. “Tiramos a cidade da 324º posição para 122ª. Em 2016 a grave crise econômica afetou todos os programas de investimento”, disse o ex-prefeito.

Há cidades que na crise e retração conseguiram crescer ou manter boas posições. Presidente Prudente (8ª), Rio Preto (11ª), Bauru (13º), Araçatuba (146ª) e Limeira (192ª) são algumas das cidades à frente de Marília no ranking de gestão fiscal. Na região, Garça (107ª) e Ourinhos (158ª) são algumas das cidades que terminaram 2016 com melhor desempenho.

“Mesmo 2016 tendo sido ano de eleições, quando os municípios historicamente costumam investir 20% a mais, o volume direcionado foi inferior ao de 2015 em R$ 7,5 bilhões. Para se ter uma ideia do problema, 3.663 cidades investiram menos de 12% do seu orçamento.  No total, a média de recursos investidos foi de 6,8%, a menor dos últimos dez anos”, mostra o estudo.

O IFGF também registrou o menor número de municípios com excelente gestão. Como resultado desse alarmante quadro, mais de 2.091 cidades estão na ilegalidade, descumprindo pelo menos uma determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

A primeira colocada no IFGF, a cidade paulista de Gavião Peixoto conseguiu se destacar com uma boa capacidade de geração de receita própria. O município, assim como os demais do topo do ranking, conseguiu se diferenciar dos últimos colocados principalmente em relação à liquidez, investimentos e gastos com pessoal.