Marília é destaque estadual no ganho absoluto de vegetação nativa e a bacia do Rio do Peixe apresenta um dos melhores índices, mas ainda falta muito para superar o déficit e atingir níveis mínimos previstos em lei.
O resultado está em um estudo do Geolab, da USP em Piracicaba, com apoio da ONG SOS Mata Atlântica que aponta índices de todo o Estado e municípios. O levantamento aponta a restauração da faixa mínima de APP (Área de Preservação Permanente) como meta para adequar os índices. Você pode acessar a íntegra do estudo no final da materia.
A cidade apresenta 5.648ha de recuperação da mata nativo. É o segundo melhor índice, abaixo de São José dos Campos que teve 6.095ha. Chega a 27% de cobertura de vegetação nativa e APPs. Ainda abaixo dos 30% recomendados para manter equilíbrio ecológico e preservação da biodiversidade.
Apenas seis das 21 UGRHIs (Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos) no estado atingem ou superam o índice, todas na região costeira do Estado. O Oeste Paulista tem as piores taxas.
Mas os destaques são as bacias do Peixe (UGRHI 21) e Aguapeí (UGRHI 20), em que Marília está inserida, com cobertura de vegetação nativa de 18% apenas e restauração de APP faixa mínima (ganho de 53.787 e 87.247ha, respectivamente), atingindo cerca de 20% com a restauração total.
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Cerca de 50% do déficit de APP de faixa mínima da bacia do Peie é referente a propriedades grandes (maiores que 15MF), e na bacia do Aguapeí essa porcentagem chega a 55%.
A nota técnica foi produzida para apoiar o aprimoramento do Programa Agro Legal, instituído pelo Decreto n. 65.182 de 16/09/2020, que regulamenta o Programa de Regularização Ambiental no Estado.
São Paulo possui um déficit estimado de 768.580 ha de Áreas de Preservação Permanente (APPs) (111.785 ha no Cerrado e 656.795 há no Mata Atlântica) e 367.403 ha de Reserva Legal, somando um total de 1,14Mha de déficit a ser restaurado e/ou compensado (o segundo caso possível apenas para Reservas Legais).
Do total do déficit de APP, apenas 16% são referentes a propriedades pequenas (até 4MF), e 48% concentram-se em propriedades grandes (maior que 15 MF). Confira a íntegra da nota com dados de mais municípios
