
A Prefeitura de Marília rejeitou na tarde desta quarta-feira a ideia de promover lockdown para controle do contágio de coronavírus na cidade. A cidade vai seguir as regras de restrições já em vigor e promete intensificar fiscalizações. O prefeito Daniel Alonso disse que lockdown não está descartado mas que nova decisão depende de pelo menos uma semana de monitoramento.
Havia expectativa de que a prefeitura adotasse mais restrições como anunciadas em Bauru e em São José do Rio Preto e recomendadas pelo governo do Estado para ampliar as restrições a partir de 19h
O anúncio foi feito após uma reunião com o chamado Comitê de Enfrentamento à Covid-19, que reúne representantes da prefeitura, serviços de saúde, comércio e empresas de outros setores na cidade.
O encontro começou com manifestações com representantes de empresas e proposta para manter as atuais regras e críticas à ideia de fechamento geral.
Representantes dos serviços de saúde reafirmaram os alertas de sobrecarga no setor, defenderam medidas como testes em massa e rastreamento de pacientes, mas não houve propostas diretas de lockdown.
“A conclusão que chegamos por unanimidade é que o lockdow tem funcionando por países que têm fechado tudo, portos, aeroportos, fechando cidades e assim reduzindo contágio. Esses países têm estrutura econômica diferente do Brasil. No Reino Unido as pessoas recebiam em suas casas os cheques”, disse o prefeito Daniel Alonso.
O prefeito disse que “a população não está entendendo a gravidade” e que não há “receita pronta para dizer este é o caminho”. Defendeu uso de máscara, álcool em gel e distanciamento mínimo em todos os lugares. Disse que os abusos serão coibidos “principalmente em bares e restaurantes” e que há “meia dúzia que não colabora e extrapola”.
A decisão deve ser levada nesta quinta-feira a uma reunião virtual com prefeitos da região. Será o segundo encontro de prefeitos – o primeiro foi realizado no sábado -.