Pouco mais de três anos depois de o trabalhador braçal Edson Alves da Silva, 46, falecer soterrado em uma obra do Daem, sua família recebeu neste mês os primeiros pagamentos provocados por um acordo judicial com dois dos três acusados de homicídio culposo por omissão no caso.
Os acordos suspenderam a investigação contra J.J.S., inspetor de obras, e C.S.B, supervisor de redes, acusados pelo Ministérios Público de negligência e imprudência que deram causa à morte da vítima.
Envolvem uma confissão de que deixaram de observar normas de segurança e deixaram de acompanhar a execução da obra, além de permitir que trabalho sem equipamentos e material adequado.
Cada um deles fará pagamentos mensais de um salário mínimo em contas indicadas pelos familiares – a viúva e filhos – do servidor.
Ainda em fase de investigação policial, o caso segue em tramitação em relação ao ex-presidente do Daem, Marcelo de Macedo, que rejeitou a proposta de acordo e não participou da audiência realizada ainda no ano passado.
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Edson morreu soterrado no final da manhã de 4 de setembro de 2018 durante trabalho em uma obra de contenção de vazamento de esgoto na rua Angelo Mazeto, na zona norte da cidade.
A escavação envolveu uma área com oito metros de comprimento, 2,2 metros de largura e 2,5m de profundidade, segundo relatório da perícia técnica.
Em seu depoimento à polícia, o inspetor J.J.S. confirmou que não existia qualquer manual de procedimentos e que os servidores atuavam nos controles de segurança apenas em função da prática.
O Daem contava com técnico de segurança do trabalho e engenheiros. Mas os profissionais não acompanhavam as obras, segundo o depoimento.
