
A defesa do coronel da reserva Dhaubian Braga Brauioto Barbosa, preso e acusado pela morte do ajudante Daniel Ricardo Silva no Motel Fênix de Marília, tentou uma ordem para retirar do Instituto de Criminalística, da Polícia Civil, celulares da vítima e da ex-companheira do coronel, Adriana Luiza Silva, que não foram periciados por bloqueios técnicos.
É um pedido repetido que tenta viabilizar junto a profissionais terceirizar serviços de perícia que os técnicos da polícia não conseguiram fazer mesmo com apoio de assistente já autoriza a pedido da defesa do coronel.
O juiz Paulo Gutavo Ferrari, da 2ª Vara Criminal, disse na decisão que a defesa não apresentou nenhum argumento novo em relação a pedido anterior para terceirização, em fatos novos que justifiquem a medida agora.
“A retirada dos aparelhos celulares e do DVR do Instituto de Criminalística põe em risco a integridade da prova pericial…o artigo 159 do Código de Processo Penal prevê que as perícias serão realizadas por perito oficial”, diz a decisão.
O juiz afirma ainda que apesar de previsão legal para exame por duas pessoas idôneas, dispõe expressamente que essa medida seria adotada somente na falta de perito oficial.
“Diversas perícias foram realizadas nos aparelhos celulares pelos peritos oficiais, sendo algumas delas, inclusive, acompanhadas por assistentes técnicos indicados pela defesa.”
O caminho caminha para definição de data para realização do júri popular. O coronel segue recolhido no presídio Romão Gomes, em São Paulo, onde está desde novembro de 2021, dias depois de atirar no ajudante.
Dhaubian alega legítima defesa e diz que havia um plano para sua morte com envolvimento de Daniel, que trabalhava no motel depois de deixar o sistema penitenciário, e Adriana Luiza Silva, ex-companheira de Dhaubian, que mantinha um relacionamento com o ajudante. 1