A Justiça de Marília autorizou a quebra de sigilo telefônico e de dados de um aparelho celular apreendido pela Polícia Civil de Marília na investigação da morte de Daniel Ricardo Silveira, 37, em que o coronel da reserva Dhaubian Braga Brauioto Barbosa é acusado.O celular pertencia a Daniel.
A perícia deve atingir exclusivamente mensagens e dados que estejam relacionados ao caso. A investigação envolve contatos entre a vítima, o coronel e a esposa dela, Adriana Silva, também policial militar.
Segundo a polícia, o crime tem motivação passional e as informações já reveladas sobre o caso indicam diversas conversas a serem esclarecidas. Veja abaixo alguns dos pontos:
– O coronel teria cometido o crime por descobrir um relacionamento da vítima com sua mulher. Dhaubian e a policial viviam em situação de união estável
– Adriana disse à polícia que Dhaubian teria contado a Daniel histórias sobre relações extraconjugais que mantinha. Ela afirmou ainda que pediu ao ajudante para registrar essas histórias
– Daniel teria enviado para Adriana as mensagens com as histórias do coronel
– O celular de Daniel foi retirado do local do crime após sua morte e apresentado quando os policiais chegaram. Não há informações oficiais sobre eventuais intervenções ou conteúdos apagados, o que será definido na quebra de sigilo.
Além da quebra de sigilo a polícia civil aguarda outros laudos sobre o caso. O coronel cumpre prisão temporária de 30 dias, que pode ser prorrogada, e está no presídio Romão Gomes, destinado a policiais militares em São Paulo.