Marília - O processo que apura responsabilidade na morte de Hamilton Olímpio Ribeiro Júnior durante confusão no rodeio de Marília avança para definição de agenda do Júri Popular na cidade.
Acabaram os recursos e prazo para contestar a decisão da 2ª Vara Criminal, que expediu a ordem para levar o soldado Moroni Siqueira Rosa ao julgamento pela comunidade.
Com isso, encaminhou também o caso para o sistema de processamento do Tribunal do Júri, que vai definir a data para sessão.
A defesa não levou recursos aos tribunais superiores, como é comum. A cidade tem casos mais antigos que não chegaram ou ainda esperam agendamento do Júri.
Moroni, soldado da Polícia Militar junto ao quartel de Bauru, fez quatro disparos durante confusão na festa. O último deles foi pelas costas da vítima.
Além do Júri, Moroni responde a um procedimento administrativo que pode levar à sua demissão da Polícia Militar. Casado, ele tem uma filha.
Técnico agrícola morto, soldado preso
Hamilton era técnico agrícola de Itapura, que viva em Garça há poucos meses a trabalho. Estava no rodeio com a namorada. Deixou uma filha na sua cidade natal
O policial aponta legítima defesa e diz que sofreu agressões além de tentativa para tomar sua arma. Há depoimentos que contestam a versão.
O soldado está preso desde a morte de Hamilton, em agosto de 2024. Passou alguns dias no hospital por agressões que sofreu após os disparos. Além de Hamilton, atingiu mais duas pessoas.
Vai responder a acusação de homicídio com qualificações que ampliam a pena e duas tentativas de homicídio pelos outros atingidos.
O julgamento no Júri permite que decisão por maioria de sete jurados decida se houve crime, condições qualificadoras que tornam mais grave ou se houve.