Marília

MP denuncia policial por morte de funileiro durante briga em oficina de Marília

MP denuncia policial por morte de funileiro durante briga em oficina de Marília

O Ministério Público do Estado denunciou o policial militar Cláudio Monteiro de Morais por homicídio pela morte do funileiro Daniel Luís da Silva de Carvalho, atingido com dois tiros quando brigava com outro funileiro, Vivaldo dos Santos, a quem atingiu com golpes de faca. O policial estava no local e interveio com os disparos.

O caso começou com uma disputa entre Daniel e Vivaldo dos Santos por pendências na venda de um veículo. O MP acusa Vivaldo de cobrar Daniel inclusive com ameaças e envolvimento de policiais. 

A denúncia assinada pelo promotor Rafael Abujamra contraria o relatório da Polícia Civil que havia apontado conduta de legítima defesa nos disparos. Desde o registro do caso a família de daniel contestou a versão e apontou uma emboscada.

A busca de provas arrastou a investigação com pedidos de novos procedimentos, como uma reprodução simulada do caso.

O promotor apresentou a denúncia em duas páginas. Diz que o policial é amigo de Vivaldo, acusa Cláudio de ter chamado Daniel para encontro na oficina e destaca que houve uma discussão que acabou em função da intervenção de Cláudio e de uma testemunha,. Daniel deixou o local.

Mas o funileiro retornou pouco depois e retomou o bate-boca com Vivaldo, que estava no interior da oficina. A denúncia acusa Vivaldo de arremessar peças de carro contra Daniel, que reagiu armado com uma faca, entrou na oficina e desferiu golpes que atingiram o rosto e as pernas de Vivaldo. 

O promotor argumenta que o descontrole da situação recomendava o acionamento de reforço policial oficial e local. Cláudio fez um disparo, que atingiu a vítima no abdômen. Diz que o policial deixou de adotar postuira não letal no caso e fez mais dois disparos. Um atingiu o ombro de Daniel, atravessou o pulmão direito e lobo inferior de pulmão esquerdo.

Além da abertura do processo, o promotor pede medidas cautelares que incluem desde comparecimento em juízo até suspensão de atividade pública, o que não atinge o policial, aposentado há alguns meses. A denúncia aguarda manifestação da 2ª Vara Criminal de Marília