
A ex-diretora de uma escola estadual é alvo de um inquérito civil instaurado pelo Ministério Público do Estado em Marília acusada de pagamentos por obras não realizadas e desvios que teriam deixado prejuízo de R$ 109 mil.
A servidora, que permaneceu na direção da escola até o final do ano passado, foi investigada pela diretoria de ensino e depois considerada em situação de abandono de emprego.
A.V. é acusada de apropriação de bens públicos de forma irregular e prejuízo por serviços pagos e não realizados como pintura do chão do pátio, capinação, reforma de contrapiso e calçada, manutenção de estacionamento e outros.
Ela teria aproveitado acesso a contas não bloqueadas durante a pandemia e usado um computador em que o sistema de pagamentos estava instalado.
A nova diretora relatou que encontrou as notas fiscais e saída dos recursos mas os serviços não foram feitos. Além disso, a ex-diretora teria se apropriado de um notebook e de valores em dinheiro.
A Diretoria de Ensino identificou ainda que a ex-diretora fez pagamentos a pessoas próximas, como a mãe de um homem com quem mantinha relacionamento em 2021 e a um outro companheiro, com quem tem relacionamento atualmente.
Há também acusações de gastos irregulares sem notas fiscais, comprovantes de destinação os recursos ou autorizações da Associação de Pais e Mestres, que gerencia os recursos.
Os gastos irregulares somaram R$ 105.462,84. Acrescido do valor do notebook desviado e de soma em dinheiro levada a conta chegaria a R$ 109.026,87 (cento e nove mil, vinte e seis reais e oitenta e sete centavos).
A Diretoria encaminhou o caso ao Ministério Público que abriu a investigação e já determinou notificação da acusada para que eventual recurso contra a apuração.