Uma mulher de 27 anos denunciou à Polícia Civil em Marília um caso de cárcere privado que teria sido cometido por um desconhecido que a manteve sob ameaça de um revólver enquanto percorria a cidade para entrega de drogas.
A vítima não consegue descrever o carro, endereços ou o ponto em que foi deixada após muitas horas de circulação, mas contou uma detalhada história sobre venda dos entorpecentes.
Segundo a denúncia, o caso começou na tarde do domingo quando ela deixava a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Zona Norte, onde teria passado por avaliação para problemas na garganta.
A mulher diz que foi rendida por um rapaz magro, pardo, baixo, em um carro branco – não informou modelo ou placa – que mostrou a arma de fogo e mandou que ela entrasse no veículo.
“Disse para ela colaborar e fingir que era sua namorada, que nada iria lhe acontecer. Então a vítima, temerosa, entrou e ficou calada”, diz o registro do caso.
O documento diz ainda que o homem jogou o celular da vítima em uma área de mato ao lado da rua e seguiu para a zona sul. Parou, desceu do carro, entrou em uma casa e voltou com uma mochila.
A mulher disse que acompanhou o homem na entrega de drogas a três pontos distintos na cidade, nos bairros Azaleias e Vila Barros.
“Observou que o condutor estava com muitos celulares no carro para falar com os colegas. Então uma pessoa vinha buscar a droga e saía rapidamente. Também deixava dinheiro para as pessoas que pegavam a droga.”
Mas no depoimento não conseguiu identificar nenhum ponto da entrega dos entorpecentes. Disse que foi libertada ao amanhecer do domingo, em lugar que não sabe identificar, e conseguiu uma carona até a UPA, onde pegou sua moto e também achou o celular no mato.