
Uma representação da ONG Origem pede que o Ministério Público do Estado acompanhe a demolição de galpões antigos instalados ao lado da ferrovia no centro de Marília. Os prédios abrigaram depósitos de carga durante os anos de ouro no transporte por trens e pontos comerciais mais recentemente.
O desmanche começou em outubro, com a retirada do telhado de alguns dos galpões que ficam próximos à antiga estação central da cidade. Na época havia dúvida sobre eventual reforma no prédio.
A Rumo Logística, concessionária com posse da ferrovia, informou que não tem controle sobre os prédios. Outras áreas que acabaram privatizadas ao lado da ferrovia já foram alvo de intervenções.
Mesmo espaços ainda sob gestão da Rumo foram invadidos e alterados com obras em função do abandono dos trilhos e falta de atividades no local.
Os galpões não são tombados como patrimônio, mas a mensagem da Origem ao Ministério Público pede que o órgão se manifeste sobre eventual interesse coletivo e o bem comum representado pelo patrimônio material e imaterial.
A ONG disse ao MP que não foram encontrados os responsáveis pela demolição ou detalhes sobre proprietários ou futuras obras no loca. Não h[á placas sobre responsáveis técnicos.
A ONG, que historicamente atua em projetos ambientais e de qualidade de vida, já foi responsável por um anteprojeto de parque linear ao lado da ferrovia que se tornou base para projeto oficial de revitalização de toda a área.
Para a organização, os prédios deveriam ter sua fachada preservada e sua utilização voltada ao uso de interesse público, coletivo, social e cultural.
A obra provoca debate em redes sociais com críticas ao abandono e perda de patrimônio histórico, falta de ocupação adequada do centro, falta de controle para uso de áreas em torno da ferrovia enquanto a ideia do parque linear se arrasta sem qualquer medida oficial.